MPox: A Varíola Dos macacos e o Que Você Precisa Saber Agora!

A Mpox, também conhecida como varíola dos macacos, é uma doença zoonótica causada pelo vírus Mpox (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus. A transmissão ocorre por meio do contato direto com a pessoa infectada , exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva, e também através de materiais contaminados ou animais silvestres, especialmente roedores. Os principais sinais e sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fraqueza. Essas erupções, que podem variar de poucas a milhares de lesões, começam geralmente no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, e progridem de máculas e pápulas para vesículas ou pústulas, que eventualmente formam crostas.

O período de incubação do vírus pode variar de 3 a 21 dias, e a transmissão só ocorre até que as crostas das lesões desapareçam. A maioria dos casos de Mpox é leve e autolimitada, especialmente na região da África Ocidental, responsável pelo surto global atual. A doença pode ser confundida clinicamente com outras condições, como varíola ou herpes-vírus, devido à semelhança dos sintomas. Durante o surto global de 2022, foram observadas apresentações atípicas da Mpox, com erupções cutâneas iniciando nas regiões genital, perianal ou oral, e sintomas sistêmicos leves ou ausentes. Além disso, complicações secundárias, como infecções bacterianas da pele e dos pulmões, também foram relatadas.

A confirmação do diagnóstico é feita por PCR, e o tratamento é basicamente de suporte, focando no alívio dos sintomas, prevenção de complicações e tratamento das lesões, utilizando analgésicos, hidratação e cuidados com as feridas. No entanto, em casos graves ou em pacientes com maior risco, como imunocomprometidos, crianças, gestantes e lactantes, pode ser necessário o uso de antivirais.

Embora ainda não exista um medicamento especificamente aprovado para o tratamento da Mpox, algumas opções estão disponíveis. O antiviral tecovirimat, aprovado pela FDA para o tratamento da varíola, pode ser utilizado na Mpox sob protocolos específicos, além de outros ainda em estudos para tratamento do MPox.

A vacinação tem um papel crucial na prevenção da Mpox, especialmente em pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença. Dados observacionais sugerem que a vacina contra varíola é altamente eficaz, com uma taxa de proteção de cerca de 85%. As duas principais vacinas utilizadas são a JYNNEOS, que é a principal opção nos Estados Unidos , recomendada para adultos com alto risco ou após exposição recente ao vírus, e a ACAM2000,  que é indicada para pessoas com alto risco, mas tem mais restrições devido ao seu método de aplicação e potenciais efeitos colaterais, especialmente em indivíduos com sistema imunológico comprometido ou condições de pele.

O controle de infecção é fundamental para evitar a disseminação da Mpox. Pacientes devem se isolar em casa até que as lesões desapareçam e tomar precauções para evitar o contato com outras pessoas e animais. Em ambientes hospitalares, os profissionais de saúde devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados e monitorar sintomas durante 21 dias após o último contato com pacientes infectados.

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